segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Videoclipe pode ser alternativa pedagógica?



Por Cristian Boragan

Para os cientistas do Grande Colisor de Hádrons, a resposta é SIM. Antes, um ponto a esclarecer: Que raios é um Grande Colisor de Hádrons e para que serve?

Trata-se do maior acelerador de partículas do mundo, com 27 quilômetros de comprimento e fica entre a Suíça e a França. Segundo o Wikipedia, é muito fácil de entender o que faz este tal de Colisor de Hádrons: “Um dos principais objetivos do LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço, entre outras coisas. Uma dessas experiências envolve a partícula bóson de Higgs. Caso a teoria dos campos de Higgs estiver correta, ela será descoberta pelo LHC. Procura-se também a existência da super simetria. Experiências que investigam a massa e a fraqueza da gravidade serão um equipamento toroidal do LHC e CMS ("Solenóide de Múon Compacto"). Elas irão envolver aproximadamente 2 mil físicos de 35 países e dois laboratórios autónomos — o JINR (Joint Institute for Nuclear Research) e o CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire).”

Se a física não era a sua matéria predileta na escola, e com certeza também não era a favorita de maior parte da humanidade, fica difícil entender o que o tal do túnel de 27 quilômetros que faz partículas colidirem na velocidade da luz pode fazer pela ciência. A cientista Katherine McAlpine , editora cientifica do experimento Atlas, teve o seu dia de Eurekka e inventou um meio fácil de divulgar o que faz o tal do grande Colisor: criou um rap e postou no youtube. Até a edição deste texto, o rap já havia sido assistido mais de 3 milhões de vezes.

Consciente ou não, a bela Dra. McAlpine acaba de dar uma alternativa didática nova. A linguagem do começo ao fim é de um videoclipe tradicional, intercalando não-linearidade e letra que deixa um pouco mais traduzível o tal do Grande Colisor de Hádrons. É um caminho pedagógico para “Paulos Freire da era cibernética”.

PS – Será que nossos cientistas brasileiros deixariam o preconceito de lado e lançariam um funk para explicar algum conceito?

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