por Fernando Mucioli
Olá mais uma vez, queridos leitores e não-leitores do Clipearte. Depois de uma pequena folga, voltamos com mais uma pérola do mundo dos videoclipes, dessa vez direto das terras geladas da Islândia.
Da última vez falamos de policiais porra-louca e homenagens a filmes dos anos 70 e 80. No post de hoje, um assunto mais sublime abordado numa linguagem mais poética - se não pelo texto deste que vos escreve, pelo menos no clipe de hoje. Com a palavra, Björk:
"Tudo está cheio de amor", diz a música da compositora islandesa, enquanto o vídeo mostra dois robôs levando à flor da pele o significado da canção.
Se tudo está cheio de amor, isso engloba aquilo que, aparentemente, não tem vida. E se tudo está, de fato, cheio de amor, ele pode ser praticado por qualquer coisa, de qualquer forma.
Numa primeira olhada, o clipe de Björk - que tem como marca de sua carreira profissional buscar sempre o que está fora das convenções - não poderia trazer um paradoxo maior. Porquê falar de amor usando seres sem sentimentos? Porquê eles têm a forma de mulheres?
Indo um pouco mais adiante: o que define as imagens desses robôs como sendo de mulheres? Por causa dos seios e feições suaves? É isso que define um ser humano do sexo feminino?
Peço perdão pelo excesso de exclamações. O fato é que, além do aspecto artístico visual, esse clipe traz uma série de subtextos e temas para reflexão que, na cabeça aberta de alguém, pode gerar algumas boas discussões. Fica a dica.
E se...
Há 12 anos
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